ALGUNS CUIDADOS A
TER NA PREPARAҪᾹO E NA EXECUҪᾹO DE UMA AULA.
Um professor, que
se preze ser profissional, deve manifestar tanto na preparação, como na
execução da aula, um domínio científico e didáctico, profundo, das matérias que
lecciona, porque, pelo contrário, transmitirá insegurança aos seus alunos que
poderá resultar em desmotivação
da turma. Daí a necessidade de se ter muita atenção e cuidado na selecção e
operacionalização do material didáctico, dos métodos do ensino, das funções e
princípios didácticos bem como na escolha de exercícios.
DIDÁCTICA -
CIÊNCIA E ARTE DE ENSINAR
Didáctica é um ramo da ciência pedagógica que tem como objectivo de ensinar
métodos e técnicas que possibilitam a aprendizagem do aluno por parte do
professor ou instrutor. É uma disciplina prática ainda que tenha como base as
teorias pedagógicas que analisam os métodos mais convenientes a aplicar-se.
PORQUE É CIÊNCIA?
Porque como todas as ciências a didáctica possui objecto, objectivos e métodos
próprios.
PORQUE É” Arte”?
Arte, cujo significado é técnica ou habilidade, vem do latim “ars”. Pode um
professor ter conhecimento científico, porém se não tiver a habilidade prática
de ensinar, não poderá conduzir com eficácia o processo de ensino e
aprendizagem.
É NESTE ASPECTO, PRÁTICO, QUE SE CENTRARÁ A NOSSA REFLEXÃO.
E TAL PRÁTICA OCORRE EXACTAMENTE NA AULA
FUNҪÕES DIDÁCTICAS
Segundo Pilleti
(2004) "as funções didácticas são orientações para o professor dirigir o
processo completo de aprendizagem e de aquisição de diferentes qualidades"
(p. 110).
Para Libâneo (1994) "funções didácticas são
movimentos/ passos do PEA no decorrer de uma aula ou unidade didáctica"
(p. 175).
As funções didácticas correspondem a todas etapas que se
sucedem no Processo de Ensino e Aprendizagem que envolve uma ligação directa
entre as actividades do professor e do aluno no alcance dos objectivos
almejados.
ESTRUTURA OU ETAPAS DE UMA AULA
•
Preparação
/ Introdução
De acordo com Piletti (2004) "Motivação consiste em apresentar a
alguém estímulos e incentivos que possam favorecer determinado tipo de conduta.
Consiste em oferecer ao aluno os estímulos e incentivos apropriados para tornar
a aprendizagem mais eficaz" (p. 233).
Libâneo (1994) define a Introdução como "a parte da entrada da aula
que conduz ao aluno para estratégia de desenvolvimento, faz apresentação do
tema, apresentação da questão chave, apresenta a problemática de forma resumida"
(p. 111).
Preparação – Preparar o quê, porquê e para quê?
A preparação pode
ser dividida em duas partes principais que são:
•
Preparação
Psicológica
Preparação
Pedagógica
A preparação psicológica, nesta óptica, consiste em ambientar os alunos à turma e ao professor,
isto é, pô-los à-vontade, através de uma breve conversa, canção, ou uma pequena
história.
A preparação pedagógica, consiste numa breve revisão da aula anterior através de: uma conversa amena,
uma canção, uma história ou uma dramatização, cujos assuntos se relacionam com
a matéria que se pretende leccionar. Com este exercício, faz se o encadeamento
e a sistematização do ensino, motiva-se o aluno, desperta-se atenção e o
interesse pela aula e prepara-se, simultaneamente, a função seguinte.
•
Mediação
/ Desenvolvimento
Segundo Pillet (2004) Mediação é acção concreta
do PEA em que o professor passa os conteúdos e envolve diálogo e no fim faz a
síntese (p. 111).
É,
de facto, a fase da execução da aula, a parte central em que o professor se
auxiliando de algumas ferramentas didácticas tais como: princípios didácticos e
material didáctico e outras, introduz e desenvolve o tema interagindo, de forma
envolvente e atendendo todos os aspectos que o processo o impõe, por exemplo;
•
Moral
/ Cívico
•
Higiénico
•
Didáctico
•
Científico
PRINCÍPIOS DIDÁCTICOS
(Dosagem do ensino)
HÁ CERTOS PRINCÍPIOS DIDÁCTICOS IMPORTANTES NA EXECUÇÃO DUMA AULA QUE PELA
SUA NATUREZA DISCRETA PASSAM DESPERCEBIDOS.
Por exemplo, o princípio que
defende que na transmissão de conhecimentos o professor, deve, sempre que
possível, partir:
-
Do conhecido para o desconhecido;
- Do próximo para o afastado;
- Do fácil para o difícil;
- Do particular para o geral;
- Do simples para o complicado;
- Do pequeno para o grande;
- Do pouco para o muito;
MATERIAL DIDÁCTICO OU RECURSOS DIDÁCTICOS
Segundo
Gagné “Recursos didácticos são nada mais que componentes do ambiente que dão
origem à estimulação para o aluno. Esses componentes podem ser aprofundados ao
professor, aos livros, mapas, objetos físicos, fotografias, gravuras, fitas
gravadas estudo dirigido, filmes entre outros.” (GAGNÉ, 1971, p.27)
Chama-se material didáctico a todo conjunto de artifícios e tecnologias usadas
para a concretização do processo de ensino e aprendizagem.
SUA IMPORTÂNCIA:
Concretiza a aula;
Facilita
a compreensão;
Facilita a fixação e
Torna a aula activa
OUTROS ASPECTOS IMPORTANTES,
NA AULA, QUE IMPORTAM REFERIR.
̶
Selecção adequada do método (dominante):
̶
Uso duma linguagem simples, clara e precisa:
̶
Uso duma voz clara:
̶
Variação do tom da voz, quer dizer que, a voz do professor não deve ser uníssono, pois
pode provocar monotonia.
•
Consolidação
/ Controle
Libâneo (1994)
sustenta que" para o professor poder dirigir efectivamente o P.E.A. deve
conhecer permanentemente o grau das dificuldades dos alunos na compreensão da
matéria. Este controle vai consistir também em acompanhar o P.E.A. avaliando-se
as actividades do professor e do aluno em função dos objectivos definidos"
(p. 186).
A avaliação, como parte integrante do PEA, é uma
actividade contínua de pesquisa que visa verificar até que ponto os objectivos
definidos no programa estão sendo alcançados de modo a se decidir sobre
alternativas do trabalho do formador, do formando ou da escola como um todo.
Segundo Pilleti (2004), denomina-se de avaliação "ao
conjunto de instrumentos com a finalidade de medir o grau de alcance de
objectivos na vertente do professor e do aluno" (p. 190). Desta maneira,
ela não deve ser entendida como um fim em si, mas um meio para verificar as
mudanças de comportamento. Ela permite identificar os alunos que necessitam de
uma atenção especial e reformular o trabalho com a adopção de procedimentos
para ajustar tais deficiências. Por sua vez, o aluno deve perceber que a
avaliação é um meio e, para isso, o professor deve explicar-lhe os objectivos
da mesma e analisar com ele os resultados alcançados.
Esta é a última fase da aula, em que o professor, tomando como foco o
objectivo traçado para a aula em curso, procura, por meio de perguntas orais ou
escritas, perceber até que ponto a matéria tratada foi assimilada e tem assim,
o feedback da aula.
Finalmente, trabalho para casa, (TPC), para mais exercitação e consolidação
da matéria.
ISTO REMETE-NOS À NECESSIDADE DE FALARMOS UM POUCO DA
AVALIAҪᾹO
É um dos aspectos que merece muita e profunda reflexão devido a sua importância
no processo de ensino.
Porque, na verdade “(Onde está o erro do aluno, está, também, o erro do
professor)”
Há vários tipos de avaliações, porém, cada um é seleccionado em função do
fim a que se destina, cabendo ao professor, escolher o adequado e que melhor
poderá dar a informação desejada.
Portanto, entre a avaliação:
•
Diagnóstica
•
Sumativa
•
Contínua - sistemática
•
Parcial
•
Final
•
Formativa.
FINALMENTE, A QUESTÃO É, O QUE FAZEMOS DOS RESULTADOS
DAS AVALIAÇÕES DOS NOSSOS ALUNOS?
Por exemplo, que ilações cada professor tira dos resultados do ano passado dos
seus alunos ou dos exames finais a que foram sujeitos e a quem interessam, a
eles próprios, aos pais, aos professores à escola ou ao sistema?
Referências
1. JAMO Gediāo João, Alguns princípios didácticos a ter em conta na elaboração de uma aula
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