quarta-feira, 17 de outubro de 2018

ALGUNS CUIDADOS A TER NA PREPARAҪᾹO E NA EXECUҪᾹO DE UMA AULA


ALGUNS CUIDADOS A TER NA PREPARAҪᾹO E NA EXECUҪᾹO DE UMA AULA.

Um professor, que se preze ser profissional, deve manifestar tanto na preparação, como na execução da aula, um domínio científico e didáctico, profundo, das matérias que lecciona, porque, pelo contrário, transmitirá insegurança aos seus alunos que poderá resultar em desmotivação da turma. Daí a necessidade de se ter muita atenção e cuidado na selecção e operacionalização do material didáctico, dos métodos do ensino, das funções e princípios didácticos bem como na escolha de exercícios.

DIDÁCTICA - CIÊNCIA E ARTE DE ENSINAR
Didáctica é um ramo da ciência pedagógica que tem como objectivo de ensinar métodos e técnicas que possibilitam a aprendizagem do aluno por parte do professor ou instrutor. É uma disciplina prática ainda que tenha como base as teorias pedagógicas que analisam os métodos mais convenientes a aplicar-se.

PORQUE É CIÊNCIA?
Porque como todas as ciências a didáctica possui objecto, objectivos e métodos próprios.
PORQUE É” Arte”?
Arte, cujo significado é técnica ou habilidade, vem do latim “ars”. Pode um professor ter conhecimento científico, porém se não tiver a habilidade prática de ensinar, não poderá conduzir com eficácia o processo de ensino e aprendizagem.

É NESTE ASPECTO, PRÁTICO, QUE SE CENTRARÁ A NOSSA REFLEXÃO.
E TAL PRÁTICA OCORRE EXACTAMENTE NA AULA

FUNҪÕES DIDÁCTICAS
Segundo Pilleti (2004) "as funções didácticas são orientações para o professor dirigir o processo completo de aprendizagem e de aquisição de diferentes qualidades" (p. 110).
Para Libâneo (1994) "funções didácticas são movimentos/ passos do PEA no decorrer de uma aula ou unidade didáctica" (p. 175).
As funções didácticas correspondem a todas etapas que se sucedem no Processo de Ensino e Aprendizagem que envolve uma ligação directa entre as actividades do professor e do aluno no alcance dos objectivos almejados.

ESTRUTURA OU ETAPAS DE UMA AULA

      Preparação / Introdução
De acordo com Piletti (2004) "Motivação consiste em apresentar a alguém estímulos e incentivos que possam favorecer determinado tipo de conduta. Consiste em oferecer ao aluno os estímulos e incentivos apropriados para tornar a aprendizagem mais eficaz" (p. 233).
Libâneo (1994) define a Introdução como "a parte da entrada da aula que conduz ao aluno para estratégia de desenvolvimento, faz apresentação do tema, apresentação da questão chave, apresenta a problemática de forma resumida" (p. 111).
Preparação – Preparar o quê, porquê e para quê?
A preparação pode ser dividida em duas partes principais que são:
      Preparação Psicológica
Preparação Pedagógica
A preparação psicológica, nesta óptica, consiste em ambientar os alunos à turma e ao professor, isto é, pô-los à-vontade, através de uma breve conversa, canção, ou uma pequena história.
A preparação pedagógica, consiste numa breve revisão da aula anterior através de: uma conversa amena, uma canção, uma história ou uma dramatização, cujos assuntos se relacionam com a matéria que se pretende leccionar. Com este exercício, faz se o encadeamento e a sistematização do ensino, motiva-se o aluno, desperta-se atenção e o interesse pela aula e prepara-se, simultaneamente, a função seguinte. 

      Mediação / Desenvolvimento
Segundo Pillet (2004) Mediação é acção concreta do PEA em que o professor passa os conteúdos e envolve diálogo e no fim faz a síntese (p. 111).
É, de facto, a fase da execução da aula, a parte central em que o professor se auxiliando de algumas ferramentas didácticas tais como: princípios didácticos e material didáctico e outras, introduz e desenvolve o tema interagindo, de forma envolvente e atendendo todos os aspectos que o processo o impõe, por exemplo;
      Moral / Cívico
      Higiénico
      Didáctico
      Científico
PRINCÍPIOS DIDÁCTICOS

(Dosagem do ensino)





HÁ CERTOS PRINCÍPIOS DIDÁCTICOS IMPORTANTES NA EXECUÇÃO DUMA AULA QUE PELA SUA NATUREZA DISCRETA PASSAM DESPERCEBIDOS. 

Por exemplo, o princípio que defende que na transmissão de conhecimentos o professor, deve, sempre que possível, partir:

- Do conhecido para o desconhecido;

- Do próximo para o afastado;

- Do fácil para o difícil;

- Do particular para o geral;

- Do simples para o complicado;
- Do pequeno para o grande;
- Do pouco para o muito;


MATERIAL DIDÁCTICO OU RECURSOS DIDÁCTICOS 



Segundo Gagné “Recursos didácticos  são nada mais que componentes do ambiente que dão origem à estimulação para o aluno. Esses componentes podem ser aprofundados ao professor, aos livros, mapas, objetos físicos, fotografias, gravuras, fitas gravadas estudo dirigido, filmes entre outros.” (GAGNÉ, 1971, p.27)

Chama-se material didáctico a todo conjunto de artifícios e tecnologias usadas para a concretização do processo de ensino e aprendizagem. 


SUA IMPORTÂNCIA:


   Concretiza a aula;

   Facilita a compreensão; 

   Facilita a fixação e 

   Torna a aula activa
OUTROS ASPECTOS IMPORTANTES, NA  AULA, QUE IMPORTAM REFERIR. 


  ̶  Selecção adequada do método (dominante):

  ̶  Uso duma linguagem simples, clara e precisa:

  ̶  Uso duma voz clara:

  ̶  Variação do tom da voz, quer dizer que, a voz do      professor não deve ser uníssono, pois pode provocar monotonia.

      Consolidação / Controle
Libâneo (1994) sustenta que" para o professor poder dirigir efectivamente o P.E.A. deve conhecer permanentemente o grau das dificuldades dos alunos na compreensão da matéria. Este controle vai consistir também em acompanhar o P.E.A. avaliando-se as actividades do professor e do aluno em função dos objectivos definidos" (p. 186).
A avaliação, como parte integrante do PEA, é uma actividade contínua de pesquisa que visa verificar até que ponto os objectivos definidos no programa estão sendo alcançados de modo a se decidir sobre alternativas do trabalho do formador, do formando ou da escola como um todo.
Segundo Pilleti (2004), denomina-se de avaliação "ao conjunto de instrumentos com a finalidade de medir o grau de alcance de objectivos na vertente do professor e do aluno" (p. 190). Desta maneira, ela não deve ser entendida como um fim em si, mas um meio para verificar as mudanças de comportamento. Ela permite identificar os alunos que necessitam de uma atenção especial e reformular o trabalho com a adopção de procedimentos para ajustar tais deficiências. Por sua vez, o aluno deve perceber que a avaliação é um meio e, para isso, o professor deve explicar-lhe os objectivos da mesma e analisar com ele os resultados alcançados.

Esta é a última fase da aula, em que o professor, tomando como foco o objectivo traçado para a aula em curso, procura, por meio de perguntas orais ou escritas, perceber até que ponto a matéria tratada foi assimilada e tem assim, o feedback da aula.

Finalmente, trabalho para casa, (TPC), para mais exercitação e consolidação da matéria.


ISTO REMETE-NOS À NECESSIDADE DE FALARMOS UM POUCO DA AVALIAҪᾹO



É um dos aspectos que merece muita e profunda reflexão devido a sua importância no processo de ensino.

Porque, na verdade “(Onde está o erro do aluno, está, também, o erro do professor)”
Há vários tipos de avaliações, porém, cada um é seleccionado em função do fim a que se destina, cabendo ao professor, escolher o adequado e que melhor poderá dar a informação desejada. 

Portanto, entre a avaliação:


      Diagnóstica
      Sumativa
      Contínua - sistemática
      Parcial
      Final 
      Formativa.
FINALMENTE, A QUESTÃO É, O QUE FAZEMOS DOS RESULTADOS DAS AVALIAÇÕES DOS NOSSOS ALUNOS? 




Por exemplo, que ilações cada professor tira dos resultados do ano passado dos seus alunos ou dos exames finais a que foram sujeitos e a quem interessam, a eles próprios, aos pais, aos professores à escola ou ao sistema?












Referências 
1. JAMO Gediāo João, Alguns princípios didácticos a ter em conta na elaboração de uma aula





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